ANONYMOUS, vamos navegar em seu símbolo, no filme, no documentário e mostrar a história que existe por trás dessa máscara.
O ROSTO DA MÁSCARA
Um homem chamado Guy Fawkes nasceu na cidade de Iorque, em 13 de abril de 1570 em Londres e foi executado no dia 31 de janeiro de 1606, também conhecido como Guido Fawkes, foi um soldado inglês, católico que teve participação na “Conspiração da pólvora”
(Gunpowder Plot) na qual se pretendia assassinar o rei protestante Jaime I da Inglaterra e todos os membros do parlamento durante uma sessão em 1605, objetivando o início de um levante católico.
Guy Fawkes era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados para explodir o Parlamento do Reino Unido durante a sessão, como soldado era especialista em explosivos.
Porém a conspiração foi desarmada e após o seu interrogatório e tortura, Guy Fawkes foi executado na forca por traição e tentativa de assassinato. Outros participantes da conspiração acabaram tendo o mesmo destino.
O símbolo da ANONYMOUS utiliza uma máscara inspirada no rosto de Guy Fawkes,que significa luta, protesto, vingança, justiça e heroísmo.
O FILME
V for Vendetta (V de Vingança) é uma adaptação da graphic novel do Alan Moore. O sucesso de bilheteria coincidiu com o calor da disputa entre a igreja da cientologia e os membros do 4-chan que originaram o Anonymous, essa coincidência permitiu que a obra fosse incorporada a identidade e a linguagem imagética da ideia.
Em um contexto imaginário o autor reproduz os desdobramentos de uma ditadura e o efeito dominó da revolta coletiva que origina a revolução.
Após um aparente hecatombe nuclear, a Inglaterra mergulha no caos. Depois de algum tempo, a ordem volta a se estabelecer, mas de forma ditatorial. Um governo fascista caça os direitos civis, impõe a censura e rechaça qualquer tentativa de oposição ao que impõe.O medo profetizado no século XX, do estado vigiando o cidadão e tolhendo sua liberdade de expressão, se materializa nessa Inglaterra onde o estado tem olhos, ouvidos, nariz e dedos.
Como já ocorreu na história real do mundo, nessa ficção os ditadores também têm seus campos de concentração, nos quais os não adequados à nova ordem são interrogados, torturados, mortos e, algumas vezes, submetidos aos mais asquerosos experimentos.
Eis que mesmo nesse regime totalitário/fascista uma voz se levanta e ousa proclamar a possibilidade de uma outra forma de vida, na qual não haja regras e leis arbitrárias, em que a liberdade e as individualidades sejam valorizadas e conduzam a um novo cenário, um personagem designado simplesmente “V” é o porta-voz dessa idéia.
Vitima de um dos abomináveis campos de concentração, “V” esteve no fundo do poço, e sem ter mais para onde cair, a única opção era se erguer.
Aos poucos, se faz claro que “V”, mais que uma pessoa, representa um conceito, uma idéia.

A primeira adaptação cinematográfica de uma história sua foi o filme Do Inferno (2001), sucesso de público e crítica, embora “enxugue” muito do texto original. Na verdade o potencial intrincado da trama não foi realmente explorado para que fosse feito um filme mais palatável ao grande público, o que se tornaria frequente nas adaptações das obras de Moore. Depois, A Liga Extraordinária. Fracasso de público e crítica. Em seguida, Constantine. Críticas boas, mas nem tanto de público. E muitos se ofenderam com o fato de, no filme, Constantine ser estadounidense, viver em Los Angeles, ter cabelos negros e usar um casaco preto (a caracterização original é cabelo loiro, inglês, vive na Inglaterra e usa um sobretudo bege). E finalmente, V de Vingança. Essa foi um sucesso de crítica e público, mas Moore não gostou e tirou seu nome dos créditos, ainda tendo declarado que o roteiro era cheio de “buracos”. A última adaptação de uma obra de Moore foi Watchmen, dirigido por Zack Snyder, com roteiro do diretor, junto com Alex Tse.
Uma leitura que assim como o livro 1984 de George Orwell reproduz um contexto político esteriotipado das tendencias politicas e vigilância social, Watchmen expõe ao leitor uma galeria bizarra e demasiadamente humana de combatentes do crime, em sua maioria detentores de distúrbios mentais e sexuais, solitários, confusos e aterrorizados quanto à impotência de suas ações frente ao iminente holocausto nuclear. Moore caracteriza seus personagens de forma tão realista e implacável que é praticamente impossível, após a conclusão da série, levar o conceito de “super-herói” novamente a sério.
O enredo se inicia com o mundo à beira de uma guerra nuclear, tendo como pano de fundo o ápice da guerra fria. No universo engendrado por Moore, graças ao super ser conhecido como Dr. Manhattan (semideus, fruto de um acidente nuclear e único personagem com poderes sobre humanos, utilizado como arma militar pelo governo americano), os Estados Unidos venceram a Guerra do Vietnã e Richard Nixon sobreviveu ao escândalo Watergate, modificando a Constituição e sendo reeleito duas vezes. A série se estende da década de 1930, início do advento dos “combatentes do crime”, ao ano de 1985, no qual a história é inicialmente situada.
Moore insere no enredo diversos elementos do mundo “real” (o próprio Nixon, citações a diversos compositores e romancistas, a candidatura de Ronald Reagan à presidência dos EUA), modificando pontualmente o universo da HQ em conseqüência dos efeitos, naquela realidade, do surgimento dos “super–heróis”. Em 1977 é aprovada a lei Keene, que torna os vigilantes ilegais, exceto o Dr.Manhattan e o psicopata e amoral Comedian, ambos exercendo suas atividades sob tutela estatal. Após o implemento da lei, fruto de sucessivas greves da polícia e manifestações da população civil, a maioria dos vigilantes se aposenta. Adrian Veidt, vulgo Ozymandias, considerado o homem mais inteligente do planeta, sai de cena para se tornar líder de um bilionário império multinacional. A velha guarda dos vigilantes encontra-se aposentada e à mercê dos próprios fantasmas, enquanto Rorschach, caricatura fascista de extrema direita, mantém solitariamente suas atividades às margens da lei.
A série tem início quando o vigilante resolve investigar o assassinato de Edward Blake, diplomata posteriormente revelado como alter ego do Comedian. Quando Dr. Manhattan se exila da Terra por ter perdido o interesse na raça humana, a Rússia imediatamente invade o Afeganistão, colocando o planeta à beira de um impasse nuclear. As descobertas que se sucedem revelam uma conspiração de implicações colossais, permitindo ao autor explorar fartamente temas como paranóia, determinismo, megalomania e relativismo moral.
 O NOSSO DOCUMENTÁRIO...
Nem mocinhos nem bandidos. E, sim, ativistas políticos. É como os integrantes do grupo Anonymous são retratados no documentário inédito americano “We Are Legion – The Story of the Hacktivists” (nós somos legião – a história dos hackers ativistas).
São homens e mulheres que têm tirado do ar sites de grandes empresas e de órgãos de governo  e são alvo de processos judiciais e da atenção internacional.
“É um dos fenômenos culturais mais interessantes da história recente”, diz Knappenberger sobre a bandeira do ciberativismo erguida por membros do Anonymous.
Foi com muita paciência que o diretor Brian Knappenberger, jornalista de 41 anos, que lidera a produtora Luminant, em Los Angeles, colaboradora dos canais Discovery Channel e Bloomberg Television frequentou salas de bate-papo usadas pelos integrantes do
Anonymous, durante um ano, tentando ganhar a confiança de alguns para filmar seu documentário “We Are Legion”.
Foi exibido pela primeira vez em janeiro (2012), no festival Slamdance, em Park City (EUA), e ainda não tem estreia prevista no Brasil.

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